O Sol do Meio Dia estréia em Belém



Leia a critica de Heitor Augusto do site Cine Click
http://cinema.cineclick.uol.com.br/criticas/ficha/filme/o-sol-do-meio-dia/id/2550

Houve uma fase na pré-produção que o filme de Eliane Caffé se chamava Andar às Vozes. Título muito intrigante, por sinal: quem será que caminha ao soar de vozes? O título mudou e após quase um ano da première no Festival do Rio, O Sol do Meio Dia finalmente estreia nos cinemas.Sem dúvidas, essa história de um triângulo amoroso ambientada no Pará é forte candidata ao posto melhor filme brasileiro lançado em 2010, ao lado de Terra Deu, Terra Come. Dignidade, amor e dor criam uma combustão de sentimentos nas vidas de Matuim (Chico Diaz), Ciara (Cláudia Assunção) e Artur (Luiz Carlos Vasconcelos).Um fotograma, só um, é suficiente para O Sol do Meio Dia ser um filme imperdível. Um homem sai da prisão e o enxergamos de costas, acompanhado pelo carcereiro. A câmera fica à frente de seus lindos olhos. As lágrimas ainda não os alcançaram, mas a dor de uma vida contrasta com um “grito dos olhos mais longo que o braço da floresta”, como diria Tom Zé. Pronto, já valeu o filme. Dali em diante, o olhar determina os destinos dos personagens.Algo que, num filme tão sentimental, permite até uma leitura freudiana. Na sequência seguinte, Matuim transa ardentemente com uma garota e insiste para que ela o olhe: esse contato é o que mais desperta a libido do personagem. O olhar volta muitas vezes para indicar quem são essas pessoas.Matuim é um personagem que olha, mas não enxerga. Não percebe que Artur, o desconhecido a lhe acompanhar na travessia de barco rumo a Belém, é marcado por uma profunda tragédia. Também não nota que a mulher por quem se afeiçoou está numa sintonia muito diferente. Nós temos consciência dele, mas Matuim não enxerga quem é: um simpático e covarde pobre coitado que tenta sobreviver e manter a dignidade num ambiente em que a dureza é moeda cara. Um tipo que parece “descolado” para escorregar das encrencas, mas só leva sarrafo de todos os lados.O momento em que Matuim toma consciência de sua condição de desprotegido é para entrar em qualquer cartilha de direção e atuação. Chico Diaz, sublime, busca não sei aonde frases desconexas, o resmungo de quem perdeu. Mesmo que a diretora encerre a cena com Matuim de pé, saindo com dignidade, nós já sabemos: a vida ganhou dele, seus olhos nos dizem. Temos nesse ator um herdeiro da cara e a coragem de outro intérprete, José Dumont.Em O Sol do Meio Dia, o talento de Diaz não está sozinho. Se o mexicano é cheio de recursos, Luiz Carlos Vasconcelos mostra que a sensibilidade faz um ator. Vasconcelos é o palhaço Xuxu e o Lampião de Baile Perfumado, tudo ao mesmo tempo. Sorte do personagem Artur, que encontrou alguém que realmente entendia sua dor e amor.Também não pode deixar de ser citada a terceira atriz que dá vida ao filme: Cláudia Assunção, mineira vinda do teatro, tem a mesma seriedade de Via Negromonte em Cabeça a Prêmio e a delicadeza de Hermila Guedes em O Céu de Suely. Que trio de atores!TeatroO Sol do Meio Dia carrega uma relação positiva com o teatro, diferentemente de muitos filmes que são criticados justamente pela “teatralidade”. Há no roteiro do dramaturgo Luiz Alberto de Abreu e Eliane Caffé um discurso múltiplo. Os três personagens são protagonistas com o mesmo peso para o filme, algo mais fácil de realizar no teatro: ponha três atores em cena e quem decide para qual deles dar mais atenção é o público.No cinema, o diretor é o dono do olhar – ao menos, do primeiro olhar, anterior ao nosso. No caso da teatralidade desse filme, parece que tudo começou com a descoberta dos personagens a partir do texto. Tanto que a sequência final tem um texto poético, cênico, mas ao mesmo tempo concreto: é a dor que se materializa.Eliane Caffé já havia mostrado muito em Kenoma e Narradores de Javé. Desta vez, realizou um trabalho singular. No fundo, O Sol do Meio-Dia é uma história de amor que necessariamente passa pela dor. Não são apenas os personagens que andam às vozes, mas nós também, como espectadores, nos questionamos qual dos três personagens temos de seguir.Há muito mais ainda a falar do filme (a fotografia de Pedro Farkas e o desenho de som de Beto Ferraz, por exemplo). Porém, isso é uma crítica, não um ensaio, e você precisa ir ao cinema para ver o resto!

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Continua aberta as inscrições para O curso “Produzindo Material” da série: “Cinema como Recurso Pedagógico na Escola”, onde os alunos serão capacitados a trabalhar com a linguagem Audiovisual e utilização de equipamentos como: filmadoras e máquinas fotográficas para construir vídeos e usa-los como ferramenta complementar em sala de aula.


Imagine você poder ministrar uma Palestra igual a da abertura do
filmes “O Código da Vinci”; apresentar sua tese, toda em audiovisual ou mesmo ter seu próprio material de aula em vídeo personalizado. O curso é inovador, possibilitando o aprendizado na produção de materiais audiovisuais em trabalhos acadêmicos e científicos, podendo transformar qualquer aula ou apresentação em uma fantástica viagem ao conhecimento.


Dentro do programa Fábio falará sobre a história da imagem e do som, linguagem cinematográfica, roteiro, montagem e edição não linear de audio e vídeo. Além de aulas práticas de produção de fotografias e documentários, acompanhando todo o processo até a finalização na autoração de DVD.


O Curso será ministrado por Fabio Rendeiro que tem vasta experiência na área, sendo vencedor de vários prêmios na produção de vídeos didáticos, reconhecido no Brasil e no exterior com o vídeo “Helmintos” premiado pela American Academy of Ophthalmologi em 2010 e eleito melhor filme no XXXV Congresso Brasileiro de Oftalmologia em BH 2009.


Aulas 25/09 à 16 de outubro de 2010, aos sábados , horário: 14h às 18h.
Inscrições na CAIANA FILMES - Fone: 33434252 / 33434254. Diogo Moia 986 - entre 14 de Março e Alcindo Cacela

Programa

MÓDULO I - Linguagem cinematográfica (fotografia e roteiro), Análise dos documentarios de 1 minuto do módulo I, Aula pratica de produção de fotografia e roteiro para documentário curta-metragem, Aula pratica de produção de documentário de 1 minuto. Introdução a edição não linear de audio e vídeo

MÓDULO II - Linguagem cinematográfica (edição de audio e vídeo ), Teoria e pratica em montagem cinematografica, Aula pratica de produção de documentário de 1 minuto.

MÓDULO III - Linguagem cinematográfica (programas amadores e profissionais de edição não linear de aúdio e vídeo), Edição Final dos documentários produzidos durante o curso, Autoração de DVD.

MÓDULO IV – Apresentação e analise de Material produzido em sala de aula.

Realizador de Vídeos Didáticos Premiado Internacionalmente Ensina Técnicas em Belém.


Transformar aulas em uma grande viagem ao conhecimento.

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Veja o vídeo:



O curso é inovador, possibilitando o aprendizado na produção de materiais audiovisuais em trabalhos acadêmicos e científicos, podendo transformar qualquer aula ou apresentação em uma fantástica viagem ao conhecimento.

Dentro do programa Fábio falará sobre a história da imagem e do som, linguagem cinematográfica, roteiro, montagem e edição não linear de audio e vídeo. Além de aulas práticas de produção de fotografias e documentários, acompanhando todo o processo até a finalização na autoração de DVD.

Início: 18 de setembro de 2010, aos sábados , horário: 14h às 18h. Carga horária total: 20 horas/aula. O programa de capacitação terá 5 módulos, somente aos sábados (4horas/módulo). Investimento: R$1OO,OO

Inscrições na CAIANA FILMES - Fone: 33434252 / 33434254

Diogo Moia 986 - entre 14 de Março e Alcindo Cacela

Programa

MÓDULO I - História da Imagem e do Som, O sistema visual humano (breve historia da fisiologia e anatomia da formação da imagem), Linguagem cinematográfica (planos, ângulos e movimentos de câmera) , Introdução a montagem, Aula pratica de produção de documentário de 1 minuto.
MÓDULO II - Linguagem cinematográfica (fotografia e roteiro), Análise dos documentarios de 1 minuto do módulo I, Aula pratica de produção de fotografia e roteiro para documentário curta-metragem, Aula pratica de produção de documentário de 1 minuto. Introdução a edição não linear de audio e vídeo
MÓDULO III - Linguagem cinematográfica (edição de audio e vídeo ), Teoria e pratica em montagem cinematografica, Aula pratica de produção de documentário de 1 minuto.
MÓDULO IV - Linguagem cinematográfica (programas amadores e profissionais de edição não linear de aúdio e vídeo), Edição Final dos documentários produzidos durante o curso, Autoração de DVD.
MÓDULO IV – Apresentação e analise de Material produzido em sala de aula.


Portifolio Fábio Rendeiro

Fabio Renato Rendeiro de Oliveira
Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Biológicas pela Universidade Federal do Pará (2006), atualmente é aluno de mestrado do programa de Pós-Graduação em Química Biológica, nível de Mestrado, na área de Educação, Gestão e Difusão em Biociências, na Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Tem experiência na área de zoologia e neuroanatomia com ênfase em comportamento animal, atuando principalmente nos seguintes temas: climatologia, levantamento de fauna, criação de coleções didáticas zoológicas estudo de memória semelhante a episódica em modelo animal. Atualmente trabalha em projetos de produção de material audiovisual para o ensino de Ciências e divulgação científica, com ênfase em lesões do sistema nervoso, anatomia e fisiologia comparada dos sistemas visuais de Onça-pintada (Panthera onca) e Cutia (Dasyprocta primnolopha), fotografia, direção e produção de audiovisuais, edição não linear de áudio e vídeo, edição de fotografia, tratamento de imagem, ilustração de flora e fauna , ilustração científica, ilustração anatômica e em animação em computação gráfica bidimensional.